Para o leigo, isso não faz sentido em dois níveis. Primeiro, o bloco do cilindro foi deixado de alumínio, que se expande e contrai a uma taxa diferente do que o aço pois os blocos de cilindro de alumínio são geralmente pareados com cilindros de alumínio. Em segundo lugar, até mesmo em seus primeiros anos de engenharia, os alunos compreendem que o aço é mais denso que o alumínio, dificilmente uma boa escolha do material para uma competição de leveza.
Mas o que a Mercedes percebeu foi que, ao utilizar aço, poderia tornar os pistões mais curto e mais compactos (presumivelmente operando dentro de um cilindro de deslocamento semelhante), produzindo o mesmo ou um melhor desempenho durante o uso do material e, assim, cortar o peso. Quanto ao problema de expansão, de acordo com a Mercedes, "A menor expansão do aço com temperaturas de funcionamento garante aumento crescente da folga entre pistão e carcaça de alumínio. Isso reduz o atrito em 40 à 50 por cento. Os anéis de pistão presumivelmente compensam a folga".
Os pistões melhorados são bons o suficiente para reduzir o consumo de combustível e emissões de CO2 de 2-4 por cento, e a redução no consumo de combustível é ainda mais pronunciada em velocidades mais baixas e "mid-range" do motor, escreve a empresa.
Enquanto assumimos que o futuro automotivo será elétrico ou, pelo menos, híbrido, é interessante ver que a inovação em motores de queima de combustível ainda continua (talvez estimulado pela competição com os motores não convencionais), produzindo esta troca inesperada de alumínio por aço. Com alguma sorte, a ciência dos materiais se espalhará para outra industrias.